p.s. deixei a nossa alma partir. gritava muito e magoava o corpo. as duas metades dançam em paz, livres, num dia eterno de tempestade e riso. pedi baixinho que me habitasse as noites mas, ainda assim, na garganta e mais abaixo no peito devora-me o espírito violento de um choro seco. afinal, quem é o homem para que ambicione o dom de ler o que não se diz? vou acariciando em silêncio a memória desta dolorosa confusão e os gestos tremem. estou só no meio dos outros. as pessoas cumprimentam-se numa grande tela, ouço-as enquanto me debruço sobre a terra e organizo o caos da pequena horta. era uma casa tão bonita, a nossa. 



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