[Foi quando nos tocámos que entendi o amor. Depois, a alma sorriu e desviou-me o olhar para os corpos nus. Beijavam-se devagar na pele, nas bocas, nos olhos, no sangue que ardia em sossego. Entravam-se e saiam, passeavam-se, amavam-se com um querer que não sabia assim. A alma olhava-me como que a permitir a revelação e eu já não distinguia a alma dos corpos. Reconhecíamo-nos inteiros no sentir e ao arrepiar-me em ti tudo se declarava memória e assombro. É exactamente como vi, é exactamente como nos vi, e entendo agora o mistério do tempo. Na magia dos corpos despidos do excesso dos dias manifesta-se a essência. A pluralidade a concretizar-se na unidade, na vontade livre e na expressividade do desejo, e as horas a não fazerem sentido...]











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