‘Este é tempo de divisas, de gente cortada... É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indirecta, aviso na esquina.’
Carlos Drummond de Andrade

A História é feita de medo, arrependimento e luta. Walter Benjamin escrevia que a questão da pena de morte seria esclarecida depois de uma má noite, uma noite em que nos arrancassem da cama, sem qualquer justificação, e depois de horas amargas nos fizessem preencher um questionário sobre o castigo final. Não há acto sem consequência e a punição que exigimos não escolhe casas. Baterá certamente na nossa. O ódio nunca, mas nunca fará parte de uma equação livre, em paz. Nunca abdicarei da minha liberdade. Nunca deixarei essa herança pesada ao meu filho. Venha a arte de intervenção, a boca que não se cala, a liberdade na sua essência, a liberdade de espírito. 

Porque, nas palavras de Pedro Paixão, ‘a liberdade precisa de coragem de lutar com o medo, sem certeza de o vencer. E o medo existe sempre, ontem, hoje e amanhã, e a coragem é tão rara como o espírito que ama a liberdade. (...) O tirano pode voltar. Primeiro como príncipe, depois como besta.’. 









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