Ainda sonho com a ilha onde o meu olhar se
demorou e a alma insistiu em ficar. Veio o pedaço de mar com as janelinhas abertas
de uma casa simples. Trouxe-o comigo, embrulhado no peito. Ouvi ali o riso de
um futuro improvável, recordo-me... Talvez já não volte a enterrar os pés na
areia para chegar ao barco junto à casa. O aconchego de me ver dentro do
quarto de janelas escancaradas ao sol, com a cadeira tosca apontada à brisa, não acontecerá e Camus nunca será lido assim, debruçada sobre o azul.
Que saudades tenho desse futuro que vivi. Que saudades tenho do que nunca cheguei a ser.
Que saudades tenho desse futuro que vivi. Que saudades tenho do que nunca cheguei a ser.
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