[Regresso agora, num tempo limpo de comoção em massa, à morte do mestre Oliveira. O exercício da memória, fora desse momento óbvio onde tudo se diz e tudo se ouve, deixa-nos a sós com a vida. Ora, o exercício da memória é fundamental. Posiciona-nos nessa instável linha do ser. O que importa, o que fazemos, o que valorizamos, o que fazemos com o que valorizamos. A vida é lixada. A vida, por ser lixada, tem a aura benjaminiana que só é perceptível a um olhar pausado e atento como o de Manoel de Oliveira. Um olhar memória, que atenta no rasto e percebe que o elemento humano tem a importância de um agir, de um momento. 
O que fica é este rasto, uma paisagem evanescente, quantas vezes saudade...]






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