[imagem: First Reformed]

Logo nos primeiros minutos, juraria ver em Ethan Hawke o reverendo de Bergman, no seu magnífico Luz de Inverno. A percepção da complexidade e o desassossego pausado, tão bergmaniano, mantiveram-se ao longo do filme numa estranha associação à brutalidade estética de um Lars von Trier maduro. Há um estado de alma, a melancolia ou o prazer da tristeza como definiu Victor Hugo, e há outra coisa - o lago horrível, o charco de lodo que nos engole quando nos vemos isolados em nós mesmos, sem respostas. Como a personagem de Hawke, encurralamo-nos no Jardim [Getsêmani] e só nos resta que a esperança desponte e, ao conviver com o desespero, nos devolva a vida.
Paul Schrader, que belíssimo filme!

'Reverend Ernst Toller: Courage is the solution to despair. Reason provides no answers. I can’t know what the future will bring. We have to choose despite uncertainty. Wisdom is holding two contradictory truths in our mind, simultaneously, hope and despair. A life without despair is a life without hope. Holding these two ideas in our head is life itself.'








Comentários

Mensagens populares