Há um João que é sem medo. Poucos sabem, porém, que há uma mãe que sem medo é.

Em rigor, a mãe desse João parece sofrer pavores e grita ao tal do filho, de inconsciente idade, que não salte muros. A alma que é mater tende a enfrentar um único e tremendo alvoroço – teme pela sua cria e, de consciente idade, procura em desespero subtrair-lhe males maiores. Mas, em bom rigor, é justamente o que a enfraquece que lhe determina a força. A natureza animal é tão explícita e poupa-nos a terrível complicação da racionalidade humana. Mostra-nos leoas, aparentemente irracionais, despidas de qualquer cuidado ou pânico quando em defesa do tal João.

Há um João que é sem medo. Agora sabem que há uma mãe que sem medo é.









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